sexta-feira, fevereiro 09, 2007

eles disseram

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A gravidez é um processo complexo e completo que envolve a barriga, o coração e a cabeça. Uma gravidez só de barriga, sem desejo, sem afecto e sem projecto é uma gravidez de risco, para todos e em particular para uma criança que venha a nascer.A mulher que não se sente capaz de "assumir com condições essa tarefa" tem o direito de parar o processo para evitar maiores danos, a si e à criança.
(TERESA SÁ (Psicóloga clínica) .
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As crianças não sáo só feitas de carne, mas em certa medida de desejos, palavras , sonhos, mitos e lendas. A identificação da maternidade com a reprodução biológica nega que o mais importante na reprodução humana seja o processo de concepção e gestação, mas sim a tarefa social, cultural simbólica e ética de tornar possível a criança num novo sujeito humano.
(S.TUBERT.)
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Às 10 semanas não bate um coração.Não há um ogão, há um conjunto de células, há um esboço de todos os orgãos que só estarão funcionais a partir das 6 meses, só a partir das 24 semanas há movimentos conscientes.
(MÁRIO SOUSA - Dir. o Laboratório de Biologia Celular do Instituto de Ciências Bioédicas Abel Salazar)
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Eu voto "não", porque o senhor prior ensinou-nos na missa deste domingo, que os bébés até nasceram são encarnações do Menino Jesus. Matá-los é como se estivessemos a matar o próprio Menino Jesus.
(GERTRUDES ATALAIA-(entrevistada na rua)
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A posição de muitos médicos que aparecem a bramar que, nesmo que o SIM ganhe, não praticarão manobras de interrupção de gravidez, faz-me duvidar se eles não estarão a proteger os seus interesses, por deixarem de ter o negócio chorudo que tem sido fazê-lo em clinicas priadas clandestinas ou por detrás de parteiras especializadas.
(JOÃO MATIAS CHAVES)
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O desenvolvimento do feto às 10 semanas é ainda muito incipiente, faltando designadamente o sistema nervoso e o cérebro,não há ainda actividade neuronal, pelo que não faz sentido falar em ser humano, muito menos numa pessoa.
(VITAL MOREIRA)
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Hoje em dia é possível com os meios técnicos existentes (sobretudo as ecografias) saber com clareza, das condições do feto em gestação e das probabilidades da existência de anomalias que possam gerar uma criança com deficiência. As mulheres que não provocarem a interrupção da gravidez nestes casos, elas sim, deveriam ser punidas, pois estão a condenar um ser humano a uma vida dependente e de dôr.