quarta-feira, julho 04, 2007

SEDA , POVOAÇÃO ALENTEJANA

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Seda é uma freguesia portuguesa do concelho de Alter do Chão, com 112,23 km² de área e 389 habitantes (2001). Densidade: 3,5 hab/km².

SEDA FICA ENTRE BENAVILA E ALTER DO CHÃO

Foi vila e sede de concelho entre 1271 e 1836. Era constituído pelas freguesias de Ervideira, Sarrasola e Seda e tinha, em 1801, 754 habitantes.

Freguesia situada numa pequena elevação, cerca de 400 habitantes, dista 12 Km da sede do concelho, ocupa uma área de 11, 223 hectares.
Foi uma vila e constituiu um pequeno concelho, extinto em 1836. Teve foral em 1271, dado por Frei Simão Soeiro, Mestre da Ordem de Avis.
O povoamento desta freguesia ascende as épocas pré-romanas, de que são testemunho cerca de dezena e meia de antas identificadas.

A antiga vila de Seda, actual freguesia de Alter do Chão, foi conquistada ao domínio muçulmano por D. Afonso Henriques, em 1160, com o auxílio dos cavaleiros templários a quem o território foi posteriormente doado. A povoação medieval terá nascido no local de um antigo castro romanizado, sendo a presença romana no território atestada pela bela ponte sobre a Ribeira de Seda, do século II, e por marcos miliários encontrados na região, entre outros vestígios. A construção das muralhas deverá ter arrancado certamente logo após a conquista, como seria de esperar numa zona fronteiriça. Em 1271, Seda é entregue aos Cavaleiros de Avis, recebendo foral de Frei Simão Soeiro, Mestre da Ordem.
Não se tratando verdadeiramente de um castelo, a fortificação de Seda é constituída por uma cerca urbana, com troços de muralha entre cubelos, no interior da qual se abriga todo o núcleo de casario antigo. Embora em ruínas, restam alguns troços de muralha, sem ameias, a unir três cubelos de planta circular, e ainda vestígios de um quarto cubelo. Os muros são ainda medievais, levantando-se em cortinas perpendiculares ao solo, com alvenaria de xisto à fiada, em argamassa de cal. Boa parte dos panos de muralha encontra-se entre hortas e quintais das habitações da rua do Castelo.

Mas a presença dos romanos na região e a sua invulgar capacidade construtiva, mantém-se intacta à passagem do tempo e das águas, a Ponte Vila Formosa, séculos I/II, classificada como monumento nacional desde 1910, permite a passagem no sentido Ponte de Sôr.
A população dedica-se à agricultura, pecuária, indústria de panificação, moagem, construção civil, comércio e serviços.
A feira anual realiza-se no segundo fim-de-semana de Julho, no dia 24 de Julho fazem romaria a S.João e as festas de Verão realizam-se no mês de Agosto.

Património Cultural: Igreja Paroquial, dedicada à N.ª Sr.ª do Espinheiro sobranceira ao casario baixo da freguesia. O Templo é muito simples, com torre sineira típica do século XVI, de cúpula cónica , o altar principal é de madeira entalhada, de século XVII.
Capelas de S.João, S. Bento e de S.Brás, Ponte Romana, muralhas da freguesia, Fonte do Ribeirinho, vestígios do Mosteiro de S. Veríssimo.


PONTE ROMANA

A gastronomia não varia em relação às outras freguesias do concelho, também aqui se confecciona o ensopado de borrego, açorda alentejana e as deliciosas migas.
Quanto ao artesanato também se dedicam aos artefactos de cortiça e de madeira, sapataria e tapeçaria.

Não se pode falar de SEDA sem referir o Castelo

Castelo de Seda


As muralhas de Seda, vulgarmente conhecidas como Castelo de Seda, no Alentejo, localizam-se na localidade e Freguesia de Seda, Concelho de Alter do Chão, Distrito de Portalegre, em Portugal. A sua localização cartográfica é: Latitude 43º 39’ N Longitude 5º O.

O monumento é impropriamente designado como castelo, uma vez que consiste nos remanescentes de um troço da cerca urbana, o que caracteriza Seda como uma povoação fortificada.

História

Antecedentes
O primitivo povoamento humano desta região remonta a época pré-histórica, de que são testemunho cerca de uma dezena e meia de antas ali identificadas. A presença romana na região é testemunhada pela ponte de Vila Formosa, erguida entre o século I e o século II, e marcos miliários de uma estrada.

Alguns autores admitem que a primitiva fortificação da povoação remonte a um castro lusitano, ocupado por tropas romanas que sobre ele teriam erguido uma fortificação, o que não se encontra comprovado.

O castelo medieval
No contexto da Reconquista cristã da península Ibérica, a região foi conquistada pelas forças de D. Afonso Henriques (1185-1211), em 1160, vindo a ser doada pelo soberano aos cavaleiros da Ordem do Templo, que o haviam auxiliado na empreitada. Datará dessa época o início da primitiva cerca da povoação.

Sob o reinado de D. Afonso III (1248-1279), Seda foi entregue aos cavaleiros da Ordem de Avis (1271), na pessoa de seu Mestre, Frei Fernão Soeiro, que lhe outorgou foral.

D. João I (1385-1433) concedeu-lhe Carta de Foral (30 de Outubro de 1427), elevando-a a vila, privilégio renovado à época de D. Manuel I (1495-1521), que lhe concedeu o Foral Novo (1 de Outubro de 1510). A sua importância é atestada pelo fato de que em 1527 passou a sede de Concelho, sob a jurisdição da Ordem de Avis, privilégio extinto em 1836.

Os nossos dias
Chegaram até aos nossos dias um troço da muralha medieval, reforçado por cubelos, em precário estado de conservação. Esses vestígios encontram-se classificados como Imóvel de Interesse Público, por Decreto publicado em 26 de Fevereiro de 1982.

Características
O conjunto consistiu numa cerca urbana da qual subsistem troços de muralha em alvenaria de xisto à fiada, argamassada em cal, sem ameias, unindo três cubelos de planta circular, e os vestígios de um quarto. Estes vestígios encontram-se entre hortas e quintais das habitações da rua do Castelo, do lado Leste, e em uma encosta abrupta que já é propriedade agrícola práticamente devoluta