domingo, setembro 21, 2008

CRÓNICA do SEGUNDO DIA DO FESTIVAL SETE SÓIS

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O Sábado do Festival, isto é o 2º.dia, foi provàvelmente o mais espectacular, o mais concorrido dos 3 dias.

Desde logo pela quantidade de pessoas que atraiu, e que encheram tudo quanto é espaços da Vila.
Ruas ,Largos,Praças, cafés,esplanadas, e jardins.

O Parque de campismo recém aberto teve grande responsabilidade no aumento da afluência deste ano.

Foi frequente vêr circulando jovens de todas as idades de mochila às costas, movimentando-se de evento para evento- de exposições para worshops, oficinas de tamborileiro, de dança, de cante, de escultura, de Concerto para Concerto.

Pela manhã, ,muitos participaram em percursos pedrestes para observação das aves da região, outros aprenderam a confecionar pratos de cozinha vegetariana.

À tarde, assistimos a uma oficina de flauta de tamborileiro e tambor, sob a
OFICINA DE TAMBORILEIRO
orientação do músico Diogo Leal, na Antiga Fábrica Prazeres & Irmão.
Um grupo de entusiastas da percussão à volta do mestre, aprendeu com visivel deleite a arte de tamborilar:

TODOS SE ENTREGARAM COM ENTUSIASMO A APRENDER A TOCAR A FLAUTA E O TAMBÔR

No Forum Municipal continuaram as oficinas de dança, que neste 2º.dia versaram sobre
o modo de dançar à tradição europeia, e danças e percussão italianas com as componentes do Grupo siciliano Assurd.

Ao fim da tarde, no Jardim do Padrão, Castro Verde assistiu a um Concerto ao ar livre com o título de "TOCAR AO SOL POSTO".

Diogo Leal, o mestre tamborileiro que conhecemos na oficina, abriu o espectáculo


com o seu tambôr e flauta, demonstrando como é possível um só músico tocar flauta e tambôr em simultâneo:

FILIPE PRATAS APRESENTANDO DIOGO LEAL

O Grupo Coral "AS Vozes de Casevel" cantou en seguida algumas das suas conhecidas modas, recolhendo muitos e prolongados aplausos:


Para fechar o Concerto , já ao "sol postinho", surgiram então em palco, aqueles que seriam a coqueluche do Festival - um grupo do sul de Espanha .da Andaluzia, de Cádiz, denominado "LA COMPARSA".


Eles, dinamitaram o Jardim do Padrão, cantando deliciosas modas com muito humôr, e apesar da barreira da língua, toda a gente entendeu o que eles cantavam, tal era a riqueza da mímica e expressão corporal de todos os elementos do grupo .


Mas eles não se limitaram a cantar em 2 concertos realizados no Jardim , eles invadiram a Vila e cantaram pelas ruas, tascas, cafés, enfim ,por tudo quanto é sítio, inter-agindo com as pessoas com quem se cruzavam.


Deixaram um rasto de simpatia...


...e algumas das canções que entoaram, transfomaram-se rapidamente em êxitos populares, havendo já quem lhes pedisse para cantar esta e aquela canção.

O Concerto de Sábado à noite no Cine Teatro trouxe-nos também momento muito altos.

A abrir o grupo das "VIOLAS CAMPANIÇAS".


É um grupo de grande qualidade e carisma, pois tem nem mais nem menos, o papa da viola campaniça, Mestre Manuel Bento, e as belissimas vozes de Lucilia Mestre e Evangelina.
O quarto elemento do grupo encontrava-se naquela momento no Brasil, no Festival de Folclore de Jequitibá, acompanhado do Chico Lobo e da Ana Valadas.
A organização dos Sete Sóis, leia-se -Paulo Nascimento e Vitor Pratas- tinham concebido um plano ousado ,que consistia em o Pedro Mestre aparecer na tela do Cine Teatro, em directo, por vídeo conferência, a tocar a sua viola campaniça em paralelo com o Manuel Bento.
Infelizmente as novas tecnologias por vezes pregam-nos partidas ,o sinal estava fraco, e a imagem do Pedro chegou a aparecer no ecran, mas com som distorcido e baixo, e já quando o grupo tinha concluido a sua actuação e abandonado o palco.

PEDRO MESTRE, ANA VALADAS E MESTRE JACÓ, APARECERAM NO CINE TEATRO, VINDOS DE JEQUITIBÁ..

Foi pena, mas a ideia aplaude-se.

A actuação das "VIOLAS CAMPANIÇAS " foi muito aplaudida.

.E TERMINARAM CANTANDO A "MARIANA CAMPANIÇA

A seguir actou Samira Kadiri e o grupo Arabesque.

SAMIRA KADIRI

Marroquina, a viver na Andaluzia, é considerada uma das cantoras mais expresssivas da nova geração do norte de Marrocos, e trouxe À sala o perfume dos ritmos arabos-andaluzes.

A fechar , esteve o temperamento fogoso de 3 mulheres napolitanas, e a força da canções fortes do sul de Itália.
Não se limitaram a cantar, antes, puxaram pela plateia numa atmosfera de loucura colectiva e que levou as pessoas a saltar do seu lugar e a cair na dança.


O Concerto acabou num ambiente alucinante:

...E ainda se ouviam as ultimas palmas, quando já à saída do Cine-Teatro nos apercebemos que afinal o frenesim...ia continuar...!!!

A FARRA, FANFARRA VINHA-NOS BUSCAR...

À espera, lá em frente, estava o grupo de percussão FARRA,FANFARRA, que vinha buscar as pessoas ao Concerto para as conduzir, tocando, melhor, ribombando, pela Vila fóra, até ao local -Largo do Padrão - onde iria decorrer a sua actuação.

..E A MULTIDÃO COMEÇOU A ENGROSSAR SEGUINDO A FANFARRA

E foi o caos. Um mar de gente encheu as ruas, desde o Cine-Teatro até ao Jardim,

MASSA COMPACTA

Abanaram a noite com os seus sons tonitroantes e com grande entrega física.

Aí, foi a devassa total.
Ninguém resistiu aos ritmos e ao frenesim dos tocadores.


Até às tantas ninguém arredou pé-

E foi o seguno dia...!!!