sexta-feira, setembro 26, 2008

CRÓNICA DO TERCEIRO DIA DO FESTIVAL SETE SOIS,SETE LUAS

.
DOMINGO, 14 DE SETEMBRO

E chegámos ao ultimo dia da Festa.
Para começo de crónica, quero expressar o meu agradecimento aos nossos leitores que têm mandado emails de aplauso pelas duas crónicas dos Sete Sóis já publicadas, vindos de todo o país e também da Suiça (especialmente de Geneve, Lausanne,Berna e Lucerna) dos Estados Unidos da América (Providence, Salt Lake, New Jersey, Nova York, Pittsburg, etc) Brasil (Rio de Janeiro, Belo Horizonte,São João Del Rey, Jequitibá, Coritiba, Manaus, Belem do Pará...) de França (Lyon,Paris,Ivry sur Seine, Dax, Saint Jean de Lux Siboure, Montepellier), etc.etc

O que me entusiasma neste feed back, é que estes emails falam da alegria que os seus autores sentem ,ao vêr fotos e imagens de Portugal, muitos do seu Alentejo ,do qual estão afastados por obrigações profissionais e de sobrevivência.

Para eles continuarei a empenhar-me em lhe recordar o Alentejo.

Mas voltemos à crónica.
Este ultimo dia começou com a Organização a lembrar-se das crianças.
Em boa hora, pois o espectáculo que lhes foi especialmente dedicado ,teve entusiastica adesão dos mais pequenos.

Na antiga Fábrica Prazeres & Irmão, a criançada deliciou-se com a peça de teatro "Tamborilando", prestando muita atenção ao desenrolar da "estória" campestre que lhes foi contada pelos dois actores da Companhia, mimando a vida no campo.

OS MIÚDOS SENTADOS ORDEIRAMENTE, MAS ANSIOSOS PELO COMEÇO DA "ESTÓRIA"

Muitos dos miúdos interagiram com os actores, reagindo à imitação dos balidos das ovelhas, das cabras, aos relinchos dos cavalos, ao som do tambôr e da flauta.
Ao evoluir da "estória". ao nascer do sol, ao movimento das estrelas...

A "ESTÓRIA COMEÇOU, E OLHOS POSTOS NOS ACTORES, A CRIANÇADA REJUBILA



À mesma hora decorreu no Forum Municipal, tal como nos dias anteriores, uma oficina de dança, desta vez, a de danças de tradição europeia.

Um dos momentos mais divertidos, mais conseguidos deste ultimo dia, aconteceu na Taberna do João das Cabeças, onde se realizou uma oficina de Cante alentejano, sob o título: "O CANTE E O VINHO", mais a actuação do inenarrável grupo andaluz, de que já falei, o "LA COMPARSA" de Cádiz.

O "João das Cabeças" esteve sempre cheio até à rua,a alegria foi indescritível, pelas imagens que aqui coloco:


pode-se ter uma ideia do que lá se passou.

Reparem na alegria esfusiante do Paulo Nascimento a cantar e a fazer cantar todos à sua volta.
Mereceu estes momentos que viveu.

Ele e o Filipe Pratas foram os grandes responsáveis pelo êxito do Festival, não esquecendo todos que com eles colaboraram no terreno. Não pararam um momento.

PAULO NASCIMENTO E FILIPE PRATAS, SEMPRE ATENTOS AOS DETALHES,FORAM OS GRANDES RESPONSÁVEIS PELO ÊXITO DOS SETE SÓIS

Pelas 5 da tarde, na Tenda Marroquina, uma vez mais se repetiu o ambiente festivo

das danças em grupo, ao som da música dos excelentes DANCING STRINGS (apesar do nome ,são portugueses), que com mazurcas, polkas, valsas, bourrés,swings e outras músicas europeias, puseram toda a gente a dançar:

AS IMAGENS DIZEM MAIS QUE MIL PALAVRAS

Às seis e meia, de novo no estrado-palco do Jardim do Padrão, houve um espectáculo sob o título "O CANTE NA TARDE"

A abrir a matiné, OS CARAPINHAS truxeram ao Jardim do Padrão a juventude das suas vozes, a beleza das modas que cantaram e o encanto da sua postura e presença.

OS CARAPINHAS NO SEU MELHOR

Cantaram depois OS CARDADORES DA SETE, com a habitual mestria, a despeito da ausência no Brasil do seu ensaiador e componente, o Pedro Mestre.


A tarde encerrou com mais uma actuação dos impagáveis "LA COMPARSA" agora já conhecidos de toda a vila, recebendo muitos aplausos e já ,pedidos de canções...

Foi então que aconteceu um outro momento alto do dia.


Entrou no arruamento que passa pela frente da Casa Faleiro, um cortejo ruidoso e multi colorido, tocando uma música estridente, o Grupo de Teatro de rua MACARAIBO TEATRO de Alicante.

Rebentado pequenas bombas e fogos de artificio, mimando correrias e disparates, partidas e danças estranhas , exibiram-se até ao Largo do Padrão, ante o espanto e o agrado de todos quantos assistiram.


Fui então a casa descarregar as imagens do dia para o meu laptop.
Ainda bem que o fiz, pois como irão lêr para a frente, foram as ultimas imagens que ficaram dos Sete Sóis deste ano.

À noite tivémos o Concerto de encerramento do Festival, no Cine Teatro..

Actuaram as CAMPONESAS DE CASTRO VERDE, cantando muito bem como de costume,e com imensos e carinhosos aplausos.

A encerrar, actuou uma orquestra, a que se chamou 7SOISORKESTRA, formada por músicos de várias nacionalidades: 3 italianos,1 espanhol basco,,1 isrealita, 1 marroquino, e a portuguesa MARGARIDA GUEREIRO , com uma bela presença e uma voz de grande qualidade.

Foi um encerramnto digno da qualidade que atingiu o Festival deste ano.

Não tenho infelizmente imagens deste ultimo espectáculo, pois, após ter captado as ultimas, possivelmente terei deixado cair a camera sem me aperceber.

Voltei ao Cine Teatro, logo que dei pela falta, mas infelizmente, quem a encontrou não a devolveu.

Perdeu-se a câmera, perderam-se as imagens....