sábado, dezembro 27, 2008

Crónica da Festa de Aniversário das Cantadeiras da Alma Alentejana e de homenagem a Pedro Mestre

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"O ALENTEJO NÃO TEM FIM"

O lema da Alma Alentejana esteve sempre presente na Festa , dedicada ao aniversário das Cantadeiras da Alma Alentejana e de homenagem a Pedro Mestre.

O Alentejo não é só um espaço geográfico, é também uma "ideia", uma cultura,uma forma de ser e estar no mundo.

Onde há um alentejano, e há seguramente alentejanos por toda a parte, por todo o mundo, como aliás revelam objectivamente os contadores de acessos por países, que o nosso blogue instalou, e onde se pode constatar que vem sendo acessado por gente de todo o mundo, muitos deles alentejanos, radiantes de verem imagens e textos em português a mostrarem e a falarem do seu alentejo, da sua região, com acessos de 117 países...!!!

Mas voltemos à festa da Alma Alentejana.
Esteve muito animada e pelo palco foram passando ao longo da tarde de Domingo 14, as pessoas ,as palavras e os cantares com aquela entoação, aquela pronúncia deliciosa reveladora da identidade das gentes da planície, das gentes do Alentejo.

Com o amigo Luis Moisão no palco a coordenar e a apresentar , fomos vendo e ouvindo os grupos da casa, o homenageado do dia e os convidados que trouxe da sua região.

A abrir, claro, as aniversariantes.
Rosa Dias, a poetisa da Alma Alentejana, "disse" com o vigôr e a emoção que costuma colocar nas suas declamações, poemas seus, muito ricos de conteúdo e muito sentidos e aplaudidos pela sala rendida.


As Cantadeiras, festejadas pelo seu aniversário, estiveram iguais a si próprias,

mostrando a sua arte, cantando as suas modas:

ALQUEVA

Depois vieram os Amigos do Alentejo do Feijó, que nos truxeram mais Alentejo, este sentido por Alentejanos fóra das suas regiões, ou talvez não,pois como lembrou o apresentador, "Almada é o maior Concelho alentenjano do país"...


Veio então a surpresa: Os Amigos do Alentejo do Feijó, convidaram as Cantadeiras aniversariantes a juntarem-se a eles no palco, e os dois grupos cantaram unidos perante o aplauso e o agrado da plateia



No final da sua actuação aubiu ao palco o Presidente da Alma Alentejana, senhor Joaquim Avó, numa cerimónia de troca de prendas entre as duas instuições de cunho alentejano.

TROCA DE PRENDAS

Depois, mais uma das modalidades de intervenção da Alma Alentejana, o grupo "Cavaquinhos", encheu a sala do som peculiar dos seus cavaquinhos, das modas e da sua boa disposição:




Subiu depois ao palco o grupo das "Sevilhanas" da Alma Alentejana, que espantou e divertiu bastante a plateia com os seus vestidos andaluzes coloridos e a magia dos sons e das coreografias que foram desenhando. Muito aplaudidas.


Ainda as ultimas estrofes da derradeira moda soavam na plateia, quando Rosa Dias se dirigiu aos presentes, anunciando que o homenageado Pedro Mestre estava num compromisso inadiável, mas estaria a chegar a todo o momento, sendo que, para não haver nenhum lapso de tempo em branco, o Casal Moisão ,iria protagonizar uma performance inédita, de sua autoria, e que a todos iria agradar decerto.

Assim foi


E chegou enfim o momento aguardado da homenagem, ao talentoso Pedro Mestre.

Pedro ouviu no palco os elogios com que o brindaram, primeiramente do presidente da Alma Alentejana, depois do vereador da cultura da Câmara Municipal de Castro Verde, Paulo Nascimento.



PEDRO MESTRE ACTUANDO NO SEU GRUPO "4 AO SUL"




QUE BEM CANTARAM OS "CARDADORES DA SETE"

Num dos mometos mais aguardados os jovens alunos de Pedro Mestre subiram ao palco e com o mestre "à campaniça" brindaram a plateia com algumas das mais bonitas modas do cante alentejano.

CANTANDO O "MILHO ROXO"



A festa encerrou com a actuação do Pedro Mestre a integrar o seu Grupo de Violas Campaniças, com sua mãe Laurinda e sua madrinha Evangelina e sua noiva Ana Valadas.


Que bem cantaram, e que palmas merecidas com que a plateia carinhosamente apaludiu .

Enfim foi uma dupla festa alentejana na Margem Sul.
Ah' e "O Alentejo não tem fim"